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sábado, 14 de julho de 2012

. Respiro

Ah, o respiro.
Andei inspirando as palavras de alento.
Andei pensando nas verdades não-ditas.
E tudo está tão leve, tão calmo, tão eu.
Até poderia dissertar sobre os defeitos do cotidiano.
Sobre as coisas que dão errado. Sobre a materialidade e angústia do ser.
Mas não.
Não que eu não queira, mas sim porque não enxergo.
Meu sorriso tá largo, minha mente tá clara.
A verdade que sonhei. O que é sonho e o que não é?
Cadê a distinção? Cadê o segundo de tensão?
Não está mais por aqui, não reside mais aqui.
Pulei de nível, me joguei na ilusão.
Que é mais real do que tudo que já vivi.
Eu não estou mais aqui. As vozes passam por mim.
Me encontra lá!