E cá estou novamente aqui.
Refazendo e reafirmando mais do mesmo.
Pois é, a canção do repeat.
Não que não seja bom.
Afinal, o costume do que nos faz bem é mais do que bem-vindo.
Então vamos combinar assim.
Eu fico falando do mesmo e do nada.
E você fica aí vivendo as glórias do "eu".
Não me incomoda vagar por aí, nem ouvir os mil dramas alheios.
Gosto das suas vidas.
Gosto dos seus problemas.
Porque toda vez que me procuram sei que também me encontro.
Cada palavra do que dizem, tem um pouco de mim.
No drama do seu drama.
Na minha felicidade reside a sua.
Tudo bem.
Eu gosto de ouvir os mundos de todos.
Da platéia eu aplaudo a sua alegria e sorrio o seu sorriso.
E quando choram, eu abraço seus prantos e lhes faço lembrar dos dias de sol.
Posso não gritar a minha existência, e nem quero que assim aconteça.
Mas quando vocês olharem na coxia, ou no fundo da platéia.
Pode até, pode até certamente estar escuro.
Mas eu vou estar ali aplaudindo com um sorriso.
Porque sempre que me buscarem, eu já estarei perto.