Nunca neguei que falava pra mim.
Os meus rabiscos perdidos em pedaços de papéis e arquivos virtuais sempre foram para mim.
Todos os tropeços, soluços, confusões mentais e incertezas, todos, absolutamente todos eram pra mim.
Fica aqui aberto para quem queira algum tipo de consolo ou para aqueles que buscam identificação.
Nunca escrevi para platéias e nunca tive o intuito de ser o centro das atenções.
Não é falsa humildade ou pseudo modéstia.
Expressei, expressava e expresso pensamentos em palavras por uma simples vontade/necessidade de externalizar sentimentos.
Desde nova.
O intuito nunca foi aparecer.
Só criar, pelo simples ato da coisa e analisar aquele canto do cérebro que a gente teima em deixar inconsciente.
Só para depois culpar o outro pelas nossas falhas e nos escondermos nas sombras do "destino fatal".
Desde que me entendo por gente e que tenho lembrança de ter escrito meu "primeiro livro" na escola com histórias, criações e fantasias minhas, desde essa época, o intuito nunca foi o outro.
Ao contrário. O objeto de estudo, de delírio e de análise sempre fui eu.
Cobaia do meu próprio experimento.
Se o resultado final não soa imparcial pouco importa.
O que interessa é que nesse mundo aqui, quem dita as regras sou eu.
Individualista, egoísta, as denotações não me interessam.
Eu falo do que eu sei.
E, pra mim, isso é o que vale.